7.11.2010

Primeiro travo,
finalmente conquisto um momento de paz e de solidão nesse vazio que é a altitude.
Segundo travo,
Terceiro travo,
Quarto travo,
Quinto travo,
a carne esticada na face que faz desaparecer todo esse vazio.
Sexto travo,
nada disso existe, apenas uma velhinha á janela olhando para o chão.
Sétimo travo,
Ninguém está longe, aliás, estamos todos demasiado próximos.
Oitavo travo,
Perco-me com a cabeça na água, adormecendo profundamente enquanto esta toma posse dos meus pulmões.
Nono travo,
pareces-me sempre diferente, ao contrário de tudo o resto.
Décimo travo,
é interessante como a cinza se apodera lentamente, sem sofrimento ou agonia da murtalha.
Décimo primeiro travo,
Não o pus na boca com medo de cessar algo tão perfeito.
Décimo segundo travo,
Pretendo acabar com isto, de nada me serve esta espera.
Décimo terceiro travo,
apago-o e acabo fácil e rápidamente com algo incompreensível.

3 comentários:

  1. tal como o Bruno disse, achei interessante Rita... gostei da simbologia do texto.
    se puderes comentar, de vez em quando, os textos e poemas que publico no meu blog eu ficava muito contente.

    Beijo grande, ate um dia destes.

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